A CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA NA COMPRA E VENDA DE UM IMÓVEL

  • 2 meses atrás
Certificação Energética

A certificação energética tornou-se um fator essencial no mercado imobiliário.

Se estás a pensar comprar, vender ou até arrendar uma casa, precisas deste certificado, que é obrigatório e pode influenciar diretamente a valorização do imóvel.

Para além de ajudar a perceber a eficiência energética de uma propriedade, afeta também os custos de consumo a longo prazo.

Neste artigo, vamos explorar tudo o que precisas de saber sobre a certificação energética, desde a sua utilidade até à forma como pode impactar a decisão de compra ou venda de um imóvel.

  1. O que é a certificação energética?

A certificação energética é um documento oficial que avalia o desempenho energético de um imóvel e atribui-lhe uma classificação de A+ (muito eficiente) a F (pouco eficiente).

Os técnicos qualificam a eficiência com base no consumo estimado de energia para climatização, aquecimento de água e iluminação, ajudando-te a perceber o impacto ambiental e os custos energéticos da casa.

O certificado inclui informação sobre as características construtivas do imóvel e os consumos energéticos relativos a diferentes usos, como aquecimento e arrefecimento da casa e produção de águas quentes sanitárias.

Também apresenta medidas para reduzir o consumo, como a instalação de vidros duplos, o reforço do isolamento ou a adoção de equipamentos mais eficientes.

Os peritos qualificados, reconhecidos pela Agência para a Energia (ADENE), emitem este documento, que é gerido pelo Sistema de Certificação Energética de Edifícios (SCE).

  1. Porque é obrigatória?

A lei exige a certificação energética para todos os imóveis, novos ou antigos, que sejam colocados à venda ou para arrendamento.

Este requisito surge das diretivas europeias que promovem a eficiência energética e a redução das emissões de carbono.

Os proprietários devem apresentar o certificado no momento da assinatura do contrato de compra e venda, locação financeira ou arrendamento, garantindo que a classe energética do imóvel foi informada corretamente desde o início.

Quem realizar obras que alterem mais de 25% do valor do imóvel também precisa de renovar o certificado energético. Caso não cumpras esta exigência, poderás enfrentar coimas entre 2500 e 44 890 euros.

  1. Como obter a certificação energética?

O processo é simples e cabe ao proprietário iniciá-lo, contratando um perito qualificado. Os passos principais são:

  • Contratar um perito qualificado: Escolhe um técnico certificado pela ADENE.
  • Avaliação do imóvel: O técnico faz uma vistoria para analisar isolamento, qualidade das janelas, sistemas de aquecimento, entre outros fatores.
  • Cálculo e atribuição da classificação: O perito analisa os dados e emite o certificado com a respetiva classificação e recomendações para melhorias.
  • Emissão do certificado: O documento fica disponível no portal da ADENE e tem uma validade de 10 anos para habitação e pequenos comércios, e de 8 anos para grandes edifícios comerciais e de serviços.
  1. Documentos necessários para a certificação energética

Para garantir que o perito conduz a certificação da melhor forma, deves reunir a seguinte documentação (sempre que disponível e aplicável):

  • Caderneta predial urbana (obrigatório);
  • Certidão de registo na conservatória (obrigatório);
  • Dados do proprietário e NIF (obrigatório);
  • Projeto de arquitetura ou plantas/cortes do imóvel;
  • Projetos de especialidades (se existirem);
  • Ficha técnica da habitação;
  • Fichas ou especificações técnicas dos materiais e/ou sistemas construtivos utilizados;
  • Outra documentação que o perito possa solicitar durante a avaliação.
  1. Impacto da certificação energética no valor dos imóveis

A classificação energética de um imóvel pode influenciar diretamente o seu valor de mercado.

Casas mais eficientes (A+, A e B) tendem a ser mais valorizadas, pois têm menor consumo energético e maior conforto térmico. Muitos compradores e investidores já consideram a eficiência energética como um critério essencial, especialmente devido à subida dos preços da eletricidade e do gás.

Por outro lado, imóveis com classificação baixa podem ser mais difíceis de vender ou arrendar, pois implicam custos elevados de aquecimento e refrigeração.

  1. Como melhorar a eficiência energética de um imóvel?

Se o teu imóvel tem uma classificação baixa, podes melhorá-la e aumentar o seu valor de mercado. Algumas soluções incluem:

  • Isolamento térmico: Reforça o isolamento das paredes, tetos e pisos para reduzir a perda de calor no inverno e manter a casa fresca no verão.
  • Janelas eficientes: Substitui janelas antigas por modelos com vidro duplo ou triplo para melhorar o conforto térmico e acústico.
  • Painéis solares: Instala painéis fotovoltaicos ou sistemas solares térmicos para reduzir a dependência de fontes de energia tradicionais.
  • Aparelhos e iluminação eficientes: Opta por eletrodomésticos com classificação energética A+ e usa lâmpadas LED.
  • Sistemas de climatização inteligentes: Usa bombas de calor e termóstatos inteligentes para ajustar automaticamente a temperatura da casa, evitando desperdício de energia.

A certificação energética é mais do que um simples documento obrigatório. É um fator determinante no valor de mercado e no conforto de uma casa.

Se queres vender um imóvel, garantir uma boa classificação pode torná-lo mais atrativo e acelerar a negociação.

Se estás a comprar, verifica a classificação energética para evitar custos elevados com consumo de energia no futuro.

Investir em eficiência energética beneficia-te a ti, ao ambiente e à valorização do imóvel.

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Entretanto, se queres comprar ou vender uma casa ou tens alguma questão relacionada com o imobiliário, podemos ajudar-te. Contacta-nos hoje mesmo.

 

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